terça-feira, 18 de março de 2014

Pedalar: uma prática esportiva para todas idades.

Pedalar não tem idade: paixão pelo ciclismo une diferentes gerações

Aos 59 anos, Ricardo Buscema acumula quilômetros e esbanja vitalidade. Com 14, Marlon brilha no Desafio Tour do Rio e sonha virar profissional

Por Conservatória, Rio de Janeiro
(Créditos preservados)
 
Ricardo Buscema tem 59 anos e acumula quilômetros rodados desde o início da década de 80. Marlon Dias, por sua vez, tem apenas 14 anos e começou a pedalar para valer há um ano e sete meses. A diferença de idade, porém, serva apenas para diferenciar as categorias de cada um. A paixão pela bicicleta e o poder de desafiar a velocidade une os ciclistas de diferentes gerações.
Desafio Desafio Tour do Rio ciclistas eu atleta (Foto: Igor Christ / EU ATLETA)Marlon, de 14 anos, e Ricardo, de 59: em comum a paixão pelo ciclismo (Foto: Igor Christ / EU ATLETA)
Primeiro colocado na categoria Master C do Desafio Tour do Rio, realizado em Conservatória, interior fluminense, no último domingo, Ricardo esbanja vitalidade na estrada e diz que espanta a preguiça treinando por até 400km semanais. Qual é o segredo de tanta disposição? Ele explica:
Tem gente que quando chega na minha idade adora arrumar desculpa para tudo. O melhor é arrumar uma desculpa para sair do sofá e fazer alguma atividade física que lhe agrade."
Ricardo Buscema, ciclista de 59 anos
- A herança genética conta muito, mas o importante para se sentir bem na hora de praticar um esporte como o ciclismo é a dedicação. Evito comer frituras e exagerar nos doces, consumir álcool e tento levar uma vida saudável, sem estresse. Tem gente que quando chega na minha idade adora arrumar desculpa para tudo. Melhor é arrumar uma desculpa para sair do sofá e fazer alguma atividade física que lhe agrade. A receita é bem simples: pegar a bike e pedalar - disse o administrador hospitalar, que lidera o ranking carioca e o brasileiro na categoria de 55 a 59 anos.
Vencedor da categoria juvenil, Marlon era só alegria no pódio da prova. O adolescente de São Francisco de Itabapoana, cidade de pouco mais de 40 mil habitantes do norte do estado do Rio, luta para conciliar os estudos com o esporte. Ele também se destacou nas Olimpíadas Escolares.
- Me divertia com os amigos e gostava de passear de bicicleta na praça perto de casa. Acabei me apaixonado pelo esporte e resolvi competir. Quero seguir carreira no esporte e me tornar, um dia, ciclista profissional. Deixo de sair para treinar cedo no dia seguinte. Eu estudo pela manhã, almoço rápido e saio para treinar. Rodo cerca de mil quilômetros por semana. As cãibras, pneus furados e outros problemas, consigo tirar de letra - afirmou o ciclista, filho de um agricultor e uma comerciante.

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