terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Super dicas - André

Se vocês já notaram, eu sempre carrego comigo uma bolsa com ferramentas.
Elas são importantes, pois sempre podemos precisar.

Bem, aqui vão algumas dicas que podem ajudar. Mas, não exageremos, pois podemos precisar de uma mochila enorme para carregar tanta coisa.

Ferramentas, o que levar?

 
Uma das grandes dúvidas de todo ciclista iniciante paira sobre quais ferramentas devem ser transportadas para a realização de pequenos reparos durante uma pedalada.
A melhor forma de responder esta pergunta é através de uma divisão entre as distâncias que serão percorridas e as necessidades que poderão eventualmente surgir.
Antes de elencarmos uma lista de ferramentas, salientamos que uma bike periodicamente revisada apresenta menos problemas mecânicos, principalmente aqueles mais complexos, com uma maior dificuldade de solução fora de uma oficina.
Pedaladas com até 40 km. 
Câmara reserva – o problema mecânico de maior incidência entre os ciclistas é o famoso “pneu furado”, que neste caso não é o pneu que fura, mas sim a câmara que está dentro dele. Tenha cuidado ao comprar a sua câmara reserva, pois existem dois tipos de válvulas, a grossa (schrader) e a fina (presta), assim como inúmeras medidas. Para evitar qualquer incompatibilidade, compre do mesmo tipo de válvula e da mesma medida já utilizada em sua bicicleta.
Kit de remendos – para consertar câmaras danificadas. É utilizado quando o seu “pneu” fura mais de uma vez e você não tem mais câmaras disponíveis. Prefira sempre levar um maior número de câmaras do que fazer remendos na rua, pois a operação de substituição de uma câmara é sempre mais fácil e mais rápida do que a de remendar. Prefira os kits com remendos já cortados e evite os autocolantes, pois sua durabilidade normalmente é menor.
Chave para roda – para fazer o reparo do “pneu furado” será necessário remover a roda da bicicleta. Neste caso é necessário verificar o tipo de fixação utilizado. Se a sua bike possui eixos de pressão (também conhecidos como blocagens) esta ferramenta não será necessária. Se um dos eixos das rodas da sua bicicleta for fixado com porcas, será necessário que você transporte também uma chave de boca ou estrela, em tamanho 14 ou 15 (verificar na sua bicicleta), sob pena de você não conseguir remover a roda para a realização de qualquer reparo.
 
Kit de Espátulas – a roda foi já removida da bike, agora vamos retirar o pneu do aro e realizar o conserto. Para isso você irá precisar de um kit de espátulas, com no mínimo duas unidades.
Bomba de ar – feita a substituição ou reparo da câmara, é hora de encher o pneu. Para isso utilizaremos uma bomba de ar portátil. No momento da compra prefira os modelos com o corpo em alumínio, suporte para fixação na bike e compatível com válvulas grossa e fina.
Canivete de ferramentas – peças que afrouxam e pequenas regulagens, problemas que normalmente você resolve com um popular “canivete de ferramentas”. Este item agrega chaves “Allen” de vários tamanhos, de Fenda e Philips. A dica fica para a aquisição de um canivete mais completo, já existem no mercado alguns modelos que além das chaves Allen, Fenda e Philips também possuem extrator de corrente, chave de raio e até espátulas. Os modelos IB-3 da Park Tool e o Alien II da Topeak são alguns dos que apresentam estes recursos. Claro que quanto mais completo for o canivete, maior será o investimento necessário.
Com uma bike periodicamente regulada, um canivete simples que custa na faixa de R$ 25,00 também dá conta do recado.
Extrator de Corrente – é uma ferramenta imprescindível para a remoção da corrente (em casos de substituição ou limpeza), mas na maioria das vezes acaba sendo utilizado para remendar a corrente que estourou durante a pedalada. Adquirindo um canivete mais completo já com o extrator, não é necessário transportar esta ferramenta.
Chave de boca ou estrela para câmbio – algumas bikes com câmbios mais simples ou mais antigos não possuem parafusos do tipo Allen no sistema de fixação do cabo do câmbio, utilizando uma porca comum para esta função.
Nestes casos, também é interessante levar uma chave de boca ou estrela compatível, normalmente de numeração entre 8 e 12 mm (verifique em seu câmbio).
Chave de boca ou estrela para canote e mesa – bicicletas de modelos mais simples ou antigos também necessitam de uma verificação no sistema de fixação do canote. Sendo a regulagem da altura ou da mesa do selim (banco) feita através de porcas, também é necessária uma chave de boca ou estrela em tamanho compatível.
Pedaladas entre 60 e 100 km.
Remendão – nada mais que um remendo em tamanho grande, normalmente vendido em lojas de acessório para motocicletas. Ele será útil no caso de um rasgo no pneu, pois é largo e mais espesso, permitindo um reparo provisório. Deve ser fixado diretamente no pneu, pelo lado de dentro, entre a câmara e a parte danificada.
Uma ou duas unidades são suficientes. No caso de bicicletas “speed” o reparo é mais difícil, sendo necessário cortar o remendo.
Alguns ciclistas também usam pedaços de “garrafa pet”, mas este tipo de material só deve ser empregado em último caso, pois aumenta muito o risco de furar a câmara.
Chave de raio – ao  romper um raio, a roda normalmente perde seu alinhamento, o que muitas vezes gera um atrito entre o aro e a balaca de freio ou entre o pneu e o quadro. Percorrer alguns quilômetros nestas condições até é possível, mas para longas distâncias o ideal é ao menos tentar colocar a roda o mais próximo do alinhamento original.
Pedaladas com mais de 100 km ou viagens.
Pneu reserva – não necessariamente igual aos da bicicleta, qualquer modelo compatível com o tamanho de aro utilizado e o mais compacto possível. A melhor opção é um pneu slick sem arame, que quando bem acondicionado ocupa um espaço pouco maior que de duas câmaras.
Raio reserva – para a substituição no caso de algum raio romper. Este tipo de problema normalmente ocorre quando o ciclista passa por buracos ou imperfeições, em casos de maior carga ou então quando existe uma diferença considerável de tensão entre eles, proveniente de choques anteriores ou em função de uma má montagem. Antes de comprar verifique o tamanho adequado para cada uma das roda. Duas ou três unidades são suficientes.
Cabo reserva – para a substituição no caso de algum cabo arrebentar. O ideal é levar um de câmbio e um de freio, sempre de tamanho suficiente para a reposição do cabo traseiro.
Chave para pedal – esta ferramenta pode ser facilmente dispensada com a verificação periódica do aperto dos pedais. Para os mais previdentes, vale observar se a chave Allen compatível com alguns pedais já não faz parte do seu canivete. Nas bikes com pedais comuns será necessária uma chave de boca ou equivalente.
Extrator de cassete – para bicicletas que possuem este tipo de engrenagem, esta ferramenta pode ser muito útil para um reaperto no caso do cassete soltar e também para a remoção desta peça quando for necessária a substituição um raio do lado direito do cubo traseiro.
Extrator de pedivela e movimento central – para eventuais necessidades de reaperto do pedivela e do movimento central. Vale lembrar que revisando periodicamente estes itens, dificilmente um problema inesperado irá surgir. Não esqueça de verificar qual o tipo de pedivela e movimento central da sua bike para comprar a ferramenta compatível.
No caso destes últimos itens, em pedaladas e viagens em grupo, pode ser feito um uso compartilhado entre os ciclistas, não sendo necessário que cada um tenha a sua própria ferramenta.
Claro que você pode estar pensando que não possui o conhecimento técnico para a utilização de todos estes aparatos. Mesmo assim, o transporte destes itens é sempre válido, pois se você não souber fazer um reparo, talvez um colega saiba, mas isso só será possível se você tiver a ferramenta adequada.
Lembramos que este rol de equipamentos visa proporcionar a  maior autonomia possível para o ciclista, mas em atividades que contam com carros de apoio, resgate, provas e competições, a lista pode ser consideravelmente reduzida.
 
From: Poabikers.

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