sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Treinamento para Bikes elite - Como chegar lá!!!

Gente... vamos treinar para chegar no nosso potencial?

Treinamento Desportivo
O ciclista deve procurar ser completo, só assim poderá pensar em ser um vencedor. Deve ser enfatizado treino especial para a sua melhor especialidade, pois isto o tornará diferente dos demais na hora certa.
O que devo treinar?

Para que o treinamento seja completo deve-se adquirir:
  • A resistência para a velocidade 
  • A resistência em subida 
  • Resistência a distâncias 
  • Força em planícies, etc. 
O segredo do sucesso 
  1. A Progressividade
  2. A Constância 
  3. A Recuperação
A constância nos treinamento evitando a monotonia é a melhor forma para se adquirir resultados melhores. 
Só com um aumento gradual de cargas de trabalho pode-se produzir mudanças fisiológicas que nos permitem adaptar amadores esforços. 
       Nosso corpo requer descanso. É um período no qual nossos músculos crescem. Estas fases devem ser respeitadas rigorosamente para não incorrer no sobretreinamento, provocando danos no organismo.
Programas de treinamento
  1. Planilha para período básico
  2. Planilha para período específico
 Exemplo de planilha para um período básico de treinamento
Na fase do treinamento de base, estamos construindo um alicerce. Como o objetivo é adquirirmos condições para executarmos posteriormente um treinamento específico tanto no Mountain bike (MTB), como no ciclismo de estrada o desenvolvimento da capacidade aeróbica é fundamental. Portanto no trabalho de base o treinamento é predominantemente aeróbico, onde à distância (volume) de treino, tem uma curva crescente. É a fase onde os treinos são longos, mas a intensidade não é a prioridade, o trabalho deve ser realizado na faixa de 60 a 65% da sua freqüência cardíaca (Zona alvo), e o desenvolvimento técnico tático deve prevalecer.
Treinamento Aeróbico -Treino de Base Tempo de duração: 2 a 4 Meses.
RPM – Significa rotação por minutos, no ciclismo é o número de voltas que o pedal executa em 1 minuto.
SegundaTerçaQuartaQuintaSextaSábadoDomingo
Km. 40 a 6040 a 6080 a 10040 a 6050 a 7090 a 120
  Aquecimento- Aquecimento - Aquecimento -
 30' (Min.)Suave 30' (Min.) Suave30' (Min.) treino em 
 3 x 5' com rodando com 10 a 20 km.rodando compedalar 1h. grupo com
Descansoveloc. média 90 a 100rpmde escaladas 90 a 100rpmritmo médio ritmo de
 de 65% da  em montanha de 65% da Fc. competição
 freq. card. leve para   durante 1 h.
 Desc. 5Min  desenvolver  com relevos.
 em ritmo leve a técnica de   
 30' rit. médio  subida com o    
 com 95 a 100 giro alto.   
 rpm     
 Final suave Final suave    
Neste período básico, deve realizar corridas a pé e sessões de flexibilidade.
 Se você deseja ser um ciclista de ELITE, escreva para Ricardo Torres - Pedalegal e solicite o programa Ciclismo final2, desenvolvido por Ricardo torres e Paulo Borges com dados de Eduardo Chozas Olmo, Técnico nacional da equipe espanhola de ciclismo. (Planilha dinâmica Excel de treinamento do período específico)
Clique no botão ao lado para baixar o programa
O treinamento desenvolvido na planilha, deve ser aplicado no período de treinamento específico, é preciso que já tenha rodado pelo menos uns 2000km de treino básico.
São 5 semanas de treinamento, podendo ser repetido até terminar a fase específica
ENTENDA O FUNCIONAMENTO DA PLANILHA
O QUE VOCÊ PRECISA:
  • MONITOR CARDÍACO (Peça principal)
  • LOCAL ADEQUADO PARA CADA TIPO DE TREINO (Montanhas, retas, circuitos, etc)
  • TREINAMENTO MENTAL PARA SUPORTAR O SOFRIMENTO
Abra a planilha e vá até a guia INPUT
Preencha os dados: Nome, Idade, Pulso basal e F.Cardíaca
 
Se você clicar na guia Automática, verá toda a semana programada.
 
Ou verá as semanas específicas clicando nas guias correspondentes.
A tabela deve ser repetida por toda a temporada, sendo que a melhora do seu condicionamento físico (VO2 Max), causará uma diminuição da sua freqüência cardíaca basal. A checagem do pulso basal deve ser repetida de forma bi-mensal e inserida no input, isto tornará cada vez mais "duro" (intenso) o seu treino
 
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Mundo Bike - Aventuras de bikers pelo mundo.

É provável que esta história desbanque dois mitos que muita gente tem com relação a viagens: 1) que viajar é caro; 2) que só é possível quando não temos compromissos, como emprego e, principalmente, filhos. Martin Glauer, de 30 anos, e a mulher Julie, de 40, decidiram pegar nas bicicletas e correr o mundo durante um ano. Com eles levaram Moses, Caspar, Turis e Herbie, os filhos.
O mais velho, Moses, tinha cinco anos e o mais novo, Herbie, apenas 9 meses. Mas nem isso impediu este casal de cumprir o sonho de viajar pelo mundo de forma sustentável. Martin, alemão, e Julie, canadense, se conheceram em uma passagem pela Austrália e logo perceberam que as viagens seriam parte de suas vidas. Foram viver  na Alemanha e começaram a construir uma família.
5 anos e 4 filhos depois, eles decidiram que tinha chegado o momento de pegar na bike e partir. Para testar, fizeram uma viagem de preparação à Romênia para perceber se os filhos tinham o espírito de aventura necessário. Como eles se mostraram entusiasmados, o casal arriscou na aventura.
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A preparação física foi uma das preocupações de Martin e Julie, já que não é qualquer um que consegue pedalar 35 quilômetros por dia a cerca de 20 km/h – a meta do casal -, levando os filhos atrás. Por isso, Martin correu algumas maratonas antes da viagem e Julie fez pilates.
Acoplados a cada uma das bicicletas, viajaram dois mini-trailers, sendo que duas das crianças iam com a mãe e as outras duas com o pai (na verdade, o caçula ia na cadeirinha, sempre com Julie, enquanto os outros 3 se revezavam). O mais bacana é que as estruturas, feitas de lona, incluíam cinto de segurança e uma tela para proteger do vento e dos mosquitos. As crianças tinham assim um lugar privilegiado, e bem confortável, para descobrir o mundo.
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E como o mundo é grande demais para que o possamos conhecer numa só viagem, o casal foi obrigado a fazer escolhas. Eles optaram por países mais planos e tentaram sempre fugir do inverno, para carregar menos roupas e sacolas e para facilitar o trabalho com as crianças e o próprio alojamento. A família preferiu acampar do que ficar em hotéis ou pousadas. O alojamento em casa de famílias locais foi outra das opções.
Martin e Julie garantem ser mais barato viajar com os filhos desta forma (mesmo contando com as passagens de avião, que o mais novo não paga e o segundo paga só metade) do que levar uma vida normal na Alemanha, onde é preciso pagar renda da casa, combustível do carro e aquecimento, entre outras despesas. Eles calcularam gastar em média 50 euros por dia, o que dá 22.500 euros no ano (pouco mais de 68 mil reais).
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Os seis partiram do Canadá, de onde seguiram para Estados Unidos, Guatemala, El Salvador e Brasil (por aqui desembarcaram no Rio de Janeiro e foram até Salvador, onde ficaram dois meses). Seguiu-se a Austrália, Nova Zelândia, e depois Emirados Árabes, Omã, Índia, Tailândia, Camboja, China, Mongólia, Rússia e mais alguns países europeus, num total de 20 países visitados. Voltaram a Alemanha em julho de 2012, a tempo de Moses começar seus estudos, já com 6 anos completados.
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O casal nunca teve pressa de cumprir o roteiro, que muitas vezes teve de ser ajustado às necessidades das crianças. É preciso lembrar que todos eles eram bem novos e birras, enjôos ou simples cansaço era alo que acontecida de vez em quando. A alimentação foi uma das grandes preocupações dos pais, que andavam sempre prevenidos com água, iogurtes, fruta ou pão integral.
O que também não faltou foram medicamentos, para coisas simples como uma gripe, mas também para doenças típicas de alguns lugares, como a malária. Sacolas com roupa, a barraca para dormir, uma pia, chuveiros portáteis, panelas, copos e um fogareiro fizeram também parte do kit de viagem.
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Apesar da coragem, há que falar também dos apoios que a família recebeu: os pais de Julie ajudaram a conseguir patrocinadores, a empresa onde Martin trabalhava contribuiu com a estrutura das bikes e o equipamento de camping. Os móveis da casa na Alemanha, que foi vendida para financiar o sonho, ficaram na garagem dos pais de Julie e o irmão de Martin, com mais tempo e melhor acesso à Intenet, foi atualizando o site da família – o Global Mobile Family.
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Apesar da viagem já ter terminado, ele continua lá, com informações e fotos, para que todos possam seguir os passos dessa aventura e se inspirar também.
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E então, você teria coragem de sair pelo mundo acompanhada de filhos pequenos?

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Quando o Equipamento é “Bom o Bastante”




Neste mundo consumista que vivemos é difícil se contentar com o equipamento que se possui. Sempre existe algo novo no mercado, um tênis novo, uma bike nova, um produto que pode te ajudar a ir mais longe, com mais força e cansando menos. Mas até que ponto estes produtos te ajudam realmente? Até quanto vale a pena pagar por algo que promete performances excepcionais?
Eu, desde a muito tempo, sou adepto da filosofia do Bom o Bastante. Devemos procurar os produtos que estão de acordo com o nosso nível de habilidade, condicionamento e expectativas. Devemos procurar algo que atenda as nossas necessidades sem prejudicar o nosso desempenho mas também sem ter “produto” demais para o nosso caminhãozinho.

De que vale comprar uma bike de quadro de fibra de adamantium, que pesa 2kg (e custa R$27.000), se o que você faz é cicloturismo no final de semana? Bem, também não vá comprar aquela bicicleta do supermercado, anunciada como 27 marchas e suspensão integral por R$ 150. Neste caso vale mais o caminho do meio: uma boa bike, de marca conhecida, que custe entre R$1.500 e R$2.500. Esta com certeza vai atender 90% dos atletas que querem um bom equipamento para um treinamento amador/sério.
O Bom o Bastante nada mais é do que equiparar o equipamento procurado com a sua habilidade no momento. Não compre algo que você se arrependa depois, para mais ou para menos. Quer coisa pior do que comprar algo que é aquém das suas expectativas? Você fica decepcionado com o produto e acaba gastando mais para conseguir um produto melhor. E quer algo mais humilhante do que ter uma bike de R$ 10.000 e ser ultrapassado numa subida por um senhorzinho de barraforte?
E isso vale para quase quase tudo. Hoje em dia qualquer mountain bike decente possui suspensão dianteira. As de suspensão traseira estão ficando mais populares pois o preço cai a cada dia. Eu gostaria de ter uma full-suspension? Claro! Mas isso vai mudar o modo que eu ando ou melhorar muito o meu desempenho? Não, com certeza!
Como o dinheiro não nasce em árvores (pelo menos para a maioria), é sadio escolher bem o que comprar, tendo o bom senso de não exagerar para um lado ou para o outro. Sabe aquela sensação de desconforto, quando você está em um ambiente diferente do que está acostumado? Pois é isso que você deve evitar com um equipamento novo. É como tentar conviver em uma classe social diferente da sua. Você até pode se acostumar, mas tenha certeza que o caminho ou vai ser bem sujo ou muito caro. 
Procure um equipamento que esteja de acordo com o seu condicionamento e habilidades. Você vai ver que a convivência será muito mais alegre e fácil, para ambas as partes. 

Acessórios para Bikes.

Quando um novato compra a sua primeira bicicleta fica meio perdido com a quantidade de acessórios disponíveis. O que comprar primeiro? O que é mais importante? Tentando responder esta pergunta resolvi fazer uma lista, em ordem de importância, sobre o que eu considero mais essencial para se comprar.
Como falei, esta lista é pessoal, e reflete o meu ponto de vista. Leia os argumentos e adapte-a para as suas necessidades. Como sempre falo, esta lista foi feita pensando no mountain bike, mas pode ser usada em outras modalidades sem grandes problemas.
Então vamos lá, segue a lista dos equipamentos que considero mais importantes, em ordem de prioridade:
  1. Capacete: é o equipamento essencial. Você não deve sair sem ele.
  2. Luvas: a mão é a primeira coisa que toca o chão numa queda, então as luvas são essenciais também. Sem luvas você deve sentir-se pelado.
  3. Kit de reparos: que inclui câmera de ar sobressalente, bomba, remendos e algumas chaves.
  4. Bermuda: uma boa bermuda de ciclismo eu considero também essencial. Ela vai te deixar mais confortável para pedalar e protegerá a sua bunda em pedais mais longos. Lembre-se que também existem técnicas para minimizar as dores na bunda.
  5. Caramanhola: a “garrafinha” de água é algo que se negocia junto com o pacote da bike. Já recomendo ter duas, pois os pedais grandes são mais exigentes, e nem sempre se encontra água fácil pelo caminho.
  6. Camiseta: a camiseta de ciclismo, de um bom material, também te ajuda a aproveitar melhor o pedal. Esqueça aquelas de algodão. Além de ficarem horríveis, não secam direito.
  7. Óculos: o óculos também é equipamento de proteção. Qualquer um serve, contanto que proteja os seus olhos. À noite, utilize um óculos transparente.
  8. Ciclocomputador: Este não é essencial, mas é um ótimo motivador. Saber quantos quilômetros você andou e como está a sua média de velocidade é algo que te motiva.
  9. Sapatilha/pedaleira: a sapatilha ou pedaleira é algo que vai fazer as suas pedaladas renderem mais. Escolha uma ou outra, mas coloque este acessório na sua bicicleta.
  10. Bar end: normalmente se compra junto com a bicicleta, mas não é tão essencial assim. A grande sacada do bar end é você poder mudar a posição das mãos em pedais longos e para ajudar quando se está pedalando de pé em uma subida.
  11. Luz de Segurança: aquela luzinha vermelha que fica piscando é item de segurança. Ela ficou nesta posição pois no começo nem sempre se pedala à noite. Mas tão logo você se aventurar em passeios noturnos, tenha uma dessas. Ela pode te salvar a vida.
  12. Farol: o farol é um item óbvio para as pedaladas noturnas. Hoje em dia existem as opção de led. Teste bem antes de comprar.
  13. Mochila: antigamente se usava pochetes grandes. Hoje, com as mochilas pequenas de assalto (ou de corridas de aventura), fica muito mais fácil levar materiais ou a alimentação para o pedal.
  14. Mochila de Hidratação: Essencial em pedaladas longas. Dentro desta mochila ainda dá pra levar barrinhas de cereais etc.

Cadastro Nacional de Bikes Roubadas.

Pessoal, esse é um problema em grandes centros. Já temos um cadastro nacional de bikes roubadas.




Cadastro Nacional de Bicicletas Roubadas

Informe o roubo da sua bike para as melhores lojas do Brasil, descubra os hábitos dos ladrões e evite locais perigosos

OBJETIVOS DO CADASTRO

O Cadastro de Bikes Roubadas Brasileiro tem os seguintes objetivos:
  • Ajudar na recuperação de bicicletas roubadas
  • Evitar que consumidores e lojistas comprem material roubado
  • Mapear áreas de risco para ciclistas
  • Previnir roubos através da divulgação da forma de agir dos ladrões

 

QUANTO CUSTA PARA REGISTRAR ?

Nada! Todo o processo é gratuito.

COMO FUNCIONA

A vítima do roubo preenche o formulário eletrônico, clicando na opção INCLUIR BIKE do menu superior. Ao enviar o registro, o sistema vai gerar um cartaz eletrônico para a vítima, que pode ser impresso para divulgação. O registro fica bloqueado para que a equipe responsável pelo cadastro confira os dados.
Após análise, o registro é publicado no sistema e, caso tenha informações suficientes e a bicicleta seja de fácil identificação, um email com o cadastro do roubo é enviado para mais de 200 lojas em todo o Brasil.
O nome e email da vítima não fica disponível no sistema, evitando assim emails não autorizados ou qualquer problema com privacidade. Caso alguém queira entrar em contato com a vítima, é possível enviar um email através de um formulário especial, cujo link fica indicado em cada cadastro.


PONHA O LOGOTIPO EM SEU BLOG OU SITE

Abaixo disponibilizamos diversas opções de tamanho para adequar o logotipo ao seu site ou blog. Ponha o logotipo com o link para o cadastro e ajude a divulgar este serviço gratuito de utilidade pública! Clique com o botão direito do mouse e salve em seu computador.


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Curiosidade - o uso de bikes no exército e outras forças armadas.

Recentemente, recebi um "Whatssap" com uma mensagem que me chamou a atenção: Tratava de uso de bikes por exércitos americano e outros. Em pesquisa descobri que tem muito mais sobre isto. Vejamos.

Por Marcos Adami – Bikemagazine

As bicicletas são utilizadas nas guerras desde o final do século 19. Os exércitos das nações europeias e dos Estados Unidos as adotaram como uma alternativa viável e econômica no deslocamento dos soldados de infantaria. Um novo modelo de bicicleta criado pelo engenheiro britânico Henery J. Lawson, em 1876, com duas rodas do mesmo tamanho e tração traseira, substituiu rapidamente as primitivas bikes do tipo “Shake Bones”, com tração na gigantesca roda dianteira. O invento de Lawson, aos poucos, foi ganhando importância nas fileiras dos exércitos e até mesmo substituindo os cavalos em algumas missões.
Assim, antes da virada do século 19, o exército da França e dos Estados Unidos já dispunham – ainda que em caráter experimental – de unidades formadas por soldados ciclistas e, em 1880 os britânicos contavam com várias unidades de ciclistas voluntários. Na Suíça, o regimento “Velocorps” foi criado em 1905 e virou referência mundial quando o assunto é bicicleta militar.
A primeira notícia que se tem da utilização da bicicleta como veículo militar foi durante a guerra de independência da África do Sul, em 1896, na época uma colônia britânica.
MIL E UMA UTILIDADES
Bastante eficiente nos deslocamento em curtas e médias distâncias, a bicicleta se mostrou adequada em algumas tarefas, como patrulhamento e reconhecimento, e no transporte de mensageiros com a vantagem de não sobrecarregar os serviços de logística, pois bicicleta não bebe água, não se alimenta, não fica doente, não consome combustível e tem baixíssima manutenção. De bike, um soldado pode cobrir num dia mais de 120 km, o triplo de um soldado a pé. Para os paraquedistas, a bicicleta é um meio versátil de transporte que se encaixa na lacuna entre o soldado de infantaria e outros meios de transportes motorizados mais pesados. A bike, que não precisa de apoio logístico adicional, pode ser facilmente armazenada num cantinho de um caminhão, jipe ou helicóptero, além de permitir ser  aerotransportada e lançada  diretamente no local de combate.
Com todas essas qualidades, não é em vão que as bicicletas estiveram presentes em praticamente todos os conflitos importantes da história desde quando foi inventada. Elas foram à luta na I e na II Guerra Mundial, na Guerra da Coréia, na revolução chinesa, na Guerra do Vietnã e ainda são vistas no front do Iraque, no Sri Lanka e no Afeganistão. Nas grandes cidades, muitas forças policiais utilizam a bicicleta como uma poderosa ferramenta de patrulhamento.
BUFALO SOLDIERS
Em 1896, o tenente James A. Boss liderou um grupo formado por 20 soldados, um médico e um repórter que pedalou do Forte Missoula, no estado de Montana, até Saint Louis, no Missouri, por trilhas que seguiam basicamente paralelas aos trilhos da ferrovia Northern Pacific. A jornada de 41 dias e 3 mil quilômetros cruzou cinco estados e serviu como um teste para avaliar a viabilidade do uso militar da bicicleta no exército americano. Os soldados liderados por tenente Boss eram negros e ficaram conhecidos como “Bufalo Soldiers” da 25º Batalhão de Infantaria Ciclística. O feito ganhou as páginas dos jornais de Missoula e dos Estados Unidos e, conta-se, sua chegada em Saint Louis foi saudada por um público de 10 mil pessoas. Um ano após a viagem, os Bufalo Soldiers provaram seu valor como guerreiros e asseguraram vitórias importantes na guerra contra os espanhóis.
OUTROS CONFLITOS
A primeira notícia do uso da bicicleta em combate foi com os britânicos e suas bicicletas dobráveis Dursley-Pedersen, na Guerra dos Boeres, na África do Sul, em 1899. As bikes Dursley-Pedersen eram fabricadas na Inglaterra, na cidade de Dursley, em Gloucestershire, pelo engenheiro e inventor dinamarquês Mikael Pedersen, e tinham um design bastante esquisito, mesmo para a época.
Na primeira guerra mundial, as bicicletas tiveram papel importante em todos os conflitos do continente europeu. Holanda, Itália, Dinamarca, Polônia e Rússia mantinham destacamentos especiais de infantaria ciclomontada e a Alemanha chegou a ter 80 companhias de infantaria leve que utilizavam a bicicleta como meio de locomoção.
Em 1937, durante a invasão da China, o Japão empregou 50 mil soldados ciclistas.
Durante a segunda guerra mundial, até a pacífica Finlândia empregou extensivamente as bicicletas da 1ª Brigada Jaeger na luta contra a Alemanha nazista e a Rússia. A Suécia mantinha seis regimentos de cicloinfantaria que duraram até o ano de 1952. As bikes militares suecas modelo m/42 – as militärcykel -  foram produzidas por diversos fabricantes e fizeram tanto sucesso que, em 1997, a marca Kronan produziu algumas bikes a pedido dos fãs.
Os paraquedistas britânicos utilizaram o modelo dobrável da marca BSA (Birmingham Small Arms), famosa pelas suas motocicletas. A BSA Airborne foi utilizada em várias operações nos teatros de guerra da Europa continental, no Mediterrâneo e participou do desembarque na Normandia no Dia D.
ARMA DO POVO
Por ser uma opção econômica e popular de transporte, as bicicletas desempenharam papel importante em diversos cenários de conflitos. No final da década de 60, as bicicletas foram largamente empregadas na Guerra do Vietnã (1959-1975) e tiveram papel fundamental no abastecimento das tropas do exército norte-vietnamita pela lendária e montanhosa trilha Ho Chi Minh. Com quadros reforçados em oficinas de fundo de quintal e carregadas com até 180 kg de víveres, armas e munições, as bicicletas eram praticamente os únicos veículos que faziam o transporte de suprimento entre o Vietnã do Sul e do Norte pelo improvisado caminho que avançava pela selva dos países vizinhos Camboja e Laos. Naquelas condições, a “Arma do Povo”, como eram chamadas as bicicletas, eram impossíveis de serem pedaladas e eram empurradas no ritmo de pedestre. Em outros conflitos mundo afora, as bicicletas também foram o meio de locomoção usado por muitas levas de refugiados que optaram pela bicicleta como a única forma de escapar da zona de guerra.
MONTAGUE PARATROOPER
Mesmo com toda a tecnologia atual, que vai de mísseis a aviões não tripulados, a bicicleta ainda tem seu papel nas guerras modernas.
Desde 1997 a empresa americana Montague Corporation fornece bicicletas para as forças armadas dos Estados Unidos. O lema do fabricante é “The First to Hit The Ground”, ou seja, a primeira que chega no chão. O modelo Paratrooper dobrável foi desenvolvido para ser aerotransportado. A bike é empregada por várias forças dos EUA em vários conflitos, inclusive no Iraque.
A Montague Paratrooper tem aro 26” e o sistema dobrável foi desenvolvido em parceria com o exército para ser montada em menos de 30 segundos. Quando dobrada, a bike mede apenas 90 x 70 x 30 cm e o peso é de 13,5 kg. O quadro é de alumínio 7005 pintado na cor verde oliva. Tem suspensão, freio a disco e vem com grupo Sram de 24 marchas. A bike é comercializada também no mercado civil com preços que variam de 700 a 2.500 dólares, dependendo da configuração.
CONDOR FAHRRAD 93
Na Suíça, as bicicletas tinham lugar de destaque entre os militares desde 1905 com os “Schweizer Militärradfahrer”, os batalhões ciclísticos do exército.  No país de relevo acidentado e coberto por florestas, a mountain bike foi empregada até 2003 como veículo de deslocamento rápido por várias brigadas.
A robusta Condor Fahrrad 93 foi o último modelo utilizado pelo exército suíço. O quadro é feito de aço e pesa 21,5 kg. Vem com bagageiro dianteiro e traseiro e pode transportar até 60 kg de carga, incluindo arma antitanque. Os freios são Magura hidráulicos e atuam diretamente sobre o aro. O câmbio traseiro Shimano XT tem sete velocidades e o cubo dianteiro tem um dínamo embutido. Atrás do tubo vertical há uma enorme caixa de ferramentas e uma bolsa entre os tubos do quadro serve para transportar roupas. Opcionalmente, a bike pode rebocar um trailer.
BIKES DA PAZ
Há cerca de três anos, a versatilidade das bicicletas foi aplicada também nas missões de paz da ONU e já servem de meio de transporte para os soldados do 32º Regimento do Exército Territorial Britânico, unidade subordinada ao exército regular britânico formado por civis e voluntários. Esses soldados da paz utilizam mountain bikes no patrulhamento das zonas desmilitarizadas controladas pelas ONU Unidas em Chipre.
A operação em Chipre é a mais longa na história dos soldados da paz, que zelam pela segurança na ilha e mantém em paz os gregos cipriotas no sul e os turcos no norte. Os soldados são comandados pelo major Andrew Thompson, que em sua vida civil é responsável pela bike shop Mountain Bike Trax, na cidade escocesa de Aberdeen.
“Bikes são ideais para patrulhas. Elas são silenciosas e causam menos provocação, diferente de soldados que usam veículos militares. Com elas captamos mais detalhes de situações do que quando estamos no interior de veículos e ao mesmo tempo cobrimos uma área maior do que quando estamos a pé”, explicou o major Thompson.
TABELA DE COMPARAÇÃO DE EFICIÊNCIA
www.militarybikes.com/comparison.html
Fonte: www.militarybikes.com

Temos ainda algumas fotos interessantes:




fotos de pedais...

Galera.... umas fotos.. pra gente curtir.