terça-feira, 13 de agosto de 2013

Um pouco de história!

História da bicicleta


Desde sua invenção, a bicicleta tem sido um meio de transporte útil e vantajoso, já que tem preço relativamente baixo, não consome combustível, ocupa espaço reduzido e é de fácil manutenção. Além de tudo isso, a bicicleta é fácil de carregar, pois pesa cerca de 10 quilos, mas pode suportar cargas de até 100 quilos.
Com a bicicleta, uma pessoa pode locomover-se normalmente à velocidade de 16 a 20 km/h, o que nunca conseguiria andando a pé. Esse é um veículo que também serve para a prática esportiva, para o divertimento, para transporte rural e urbano.
Na Europa, a bicicleta é o veículo mais difundido. Nos países como Inglaterra, França, Alemanha, Holanda, Itália, Bélgica e Escandinávia o uso da bicicleta como meio de transporte é comumente preferível pelos habitantes.
Mas afinal, de onde vem a bicicleta descrita nos dicionários como sendo um pequeno veículo de duas rodas iguais, sendo a traseira motriz?. Conta a história sem registros, talvez folclórica, que grandes monarcas as utilizavam como requintes de luxo e nobreza, desde que o homem inventou a roda. Comenta-se que requintadas donzelas desfilavam nos grandes jardins dos castelos em busca de aventuras. Era preciso ser muito rico para ter um veículo artesanal para uso exclusivo.
Já a história real, registrada no Museu de Madri (Espanha) desenhos e escritos de Leonardo Da Vinci, por volta do ano 1480, comprovando ser o criador da bicicleta com transmissão por corrente. Sua invenção está relacionada diretamente com seu estudo de teorema das composições de força que permitiu a solução para o equilíbrio de um corpo em planos inclinados. Entretanto, esse protótipo só foi industrializado em 1855, após o surgimento do velocípede impulsionado pelos pés do ciclista sem pedais.
A história relata ainda que, por volta de 1642 em Buckinghamshire, foi encontrado em um portal de vidro o desenho de um anjo sentado em um Cavalo Marinho sustentado por duas rodas.
A invenção e o inventor são cercados de discussões, pois em um museu da Alemanha há um modelo chamado “Bicicleta de Kassler”, que data de 1761, mas os franceses afirmam que ela foi produzida na França.
Os registros começam a ficar mais precisos a partir de 1791, com um protótipo criado por Monsieur Sivrac. Era uma máquina estranha composta por uma viga de duas rodas. A sua locomoção era feita com a sola dos pés, exercendo repetidas pressões ao chão. Uma curiosidade era o fato de não existir uma direção móvel, o que certamente fazia com que o veículo só andasse em linhas retas. O veículo foi reconhecido como o protótipo da bicicleta que conhecemos atualmente, e recebeu o nome de “Draisina”.
E a história da bicicleta continua em 1817, quando o Barão Karl Von Drais constrói na Alemanha um modelo similar, ainda com o mesmo tipo de propulsão. Porém, o equipamento tinha um jogo de direção. O modelo foi rebatizado de “Draisina Dirigível” e foi muito bem aceito pela população da época.
Já em 1840, a bicicleta toma forma quando um ferreiro escocês cria o “Velocípede de Rebaptisé”, uma máquina diferente, com a roda dianteira mais alta. Ele introduziu um pé-de-vela, onde o homem sentado fazia a máquina se locomover. Mas o transporte era desgastante, pois o peso do usuário caia justamente em cima da roda de impulsão, que tinha 85 cm de diâmetro e 50 Kg. Esse peso somado ao do condutor tornava o passeio com o velocípede desconfortável e perigoso.
Mas foi a “Ariel”, produzida por Starley & Smith, em 1870, reconhecida como a primeira bicicleta comercialmente produzida de roda elevada. Era crescente o número de jovens e entusiastas do ciclismo na classe média. Foi um sucesso as bicicletas mais leves e confortáveis que, com as rodas de 1,52m, puderam alcançar velocidades anteriormente inatingíveis.Contudo, apesar destas melhorias o sucesso comercial da bicicleta só foi atingido com a “Rover”, produzida por J. K. Starley e W. Sutton, em 1885. Seu revolucionário projeto deu mais segurança com as duas rodas iguais, e um mecanismo de correntes conectadas com a roda traseira. As manivelas também foram responsáveis pelo grande avanço em termos de facilidade de locomoção.
O desenvolvimento seguinte foi o projeto do velocípede. Inicialmente foi desenvolvido na França e popularizado nos em 1860. O artefato (na foto ao lado) foi produzido em torno de 1869 por Micheux.
O velocípede marca o começo de uma linha contínua de desenvolvimento que conduz à bicicleta moderna. Sua melhoria mais significativa sobre o hobby-horse era a edição das manivelas e dos pedais à roda dianteira. Isto permitia ao ciclista impulsionar mais facilmente a máquina e fornecer mais potência à roda, o que significou que velocidades consideradas maiores poderiam ser alcançadas.
As inovações e modelos continuaram com a inclusão de freios, aros e pneus com a câmara de ar, desenvolvido pelos irmãos Michelin na França, e John Dunlop na Inglaterra. Outra grande descoberta foi o câmbio que permitiu ao ciclista alterar o nível de dificuldade no percurso mudando a marcha enquanto pedala.
Diversos foram seus criadores, um aperfeiçoando a obra do outro. Já no início do século XX, temos que destacar o inventor Alfredo Binda que, em 1920, desenvolveu o esticador que permitia ajustar a operação embora manual, mas enquanto pedalava. Victória Margherita quando lançou a bicicleta “Ancora”, na Itália, de Giardenco e Bottechia, mais uma vez revolucionou o mecanismo e finalmente a que se destacar a invenção do Sr. Túlio da Cia. Campagnoto que permitiu dobrar o número de marchas.

A bicicleta no Brasil pós-guerra



Pode parecer brincadeira, mas no final da II Guerra Mundial, em 1945, a situação financeira do Brasil era estável, isto é, havia um caixa normal. A verdade é que as grandes potências industriais e econômicas viviam momentos difíceis, uma vez que participaram ativamente dos conflitos. Para elas, o pós-guerra significou uma reconstrução geral, abrangendo a economia até a reconstrução de seu espaço físico.
Em termos de Brasil, esse período significou uma grande abertura no âmbito, assinalando o fim do “Estado Novo”, que durou de 1937 até 1945, e trouxe a reboque as eleições diretas e grandes facilidades econômicas. Importou-se muito, principalmente os bens de produção. Foi nesse contexto que a bicicleta chagou ao Brasil. As importações eram provenientes, em sua grande maioria, da Europa.
Já existiam alguns importadores em São Paulo (B. Herzog, Casa Luiz Caloi, Mappin Stores e Cássio Muniz), porém somente após o fim da guerra é que a bicicleta foi incorporada a sociedade brasileira.
As marcas mais conhecidas na época eram: Bianchi, Lanhagno, Peugeot, Dupkopp, Philips, Hercule, Raleigh, Prosdócimo, Singer e Monark. As bicicletas assumiram um papel importantíssimo no cotidiano paulista, na medida em que deslocavam a “massa trabalhadora” na produção. Outro benefício da abertura econômica foi o nosso processo de industrialização, iniciado no final da década de 1940, cujo apogeu veio na virada dos anos 60.
E se falando de período, é bom lembrar que o ano de 1948 foi marcante para a história do ciclismo no Brasil. Isto porque em 1° de abril a Monark iniciou suas atividades no país, montando bicicletas e importadas da Peugeot. A produção sua produção própria começou a partir dos anos 50. Outro fato importante foi que no dia 10 de abril a Caloi Indústria e Comércio procedeu seu requerimento de registro para abertura de uma firma na Junta Comercial de São Paulo. Com isso, o Brasil ganhou duas fábricas de bicicletas.
Quanto a Caloi, a família já estava no ramo das bicicletas a bastante tempo. Durante a década de1930, existiu a “Casa Caloi” importadora da marca Bianchi, bem como suas peças e acessórios. Assim, em termos de antiguidade no país, o mérito cabe a Caloi.
Também havia pequenos produtores (NB, Herpe, Role e Patavium). Esses pequenos produtores beneficiavam-se da facilidade da importação. Eles montavam suas bicicletas com quadros, pára-lamas e selim nacionais, e importavam eixos, cubos, catracas e correntes.
Contudo a euforia da importação teria que acabar, uma vez que a balança comercial brasileira tendia a desequilibrar-se. Além de que as indústrias paulistas não conseguiam competir com as bicicletas importadas em termos de preço e qualidade.
Assim, para dar uma enxugada no mercado e beneficiar a indústria nacional, o governo baixou em 9 de outubro de 1953 a Instrução Normativa de n°70, originária na Superintendência da Moeda e Crédito, que encareceria os bens de produção. Obviamente a bicicleta não escapou da taxação e passou a entrar no país em menor quantidade. Porém, algumas delas fizeram história em nosso país devido ao seu bom acabamento, qualidade do material empregado na fabricação e durabilidade.
Sem dúvida alguma das milhares de bicicletas que foram importadas entre 1946 e 1958, as inglesas foram as mais comercializadas: Philips, Hercule, Raleigh e Rudge. Este foi o período de expansão no número de importações, mas o Brasil realizou o mesmo processo em anos anteriores, só que em menor quantidade.
Fonte: www.smt.saobernardo.sp.gov.br

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