quinta-feira, 18 de julho de 2013

Como dar uma geral em sua bike após uma trilha.

Uma rotina para você deixar sua bike brilhando e estender ao máximo a vida útil dos componentes.
Bicicleta suja não é só um problema de estética. Terra além do tempo em determinadas partes também diminui o desempenho e a vida útil de algumas peças. Por outro lado, lavar a bike com máquinas de pressão, como em lava rápidos, também pode trazer problemas. A pressão das “waps” pode colocar água nos rolamentos da mesa de direção, na suspensão e tirar dali a graxa necessária para um bom funcionamento. Portanto, cuidado com as máquinas mágicas. Agora se você quer fazer uma limpeza certa e segura, veja a lista de pontos e com proceder.
Lembre-se de começar pelo mais sujo. Assim você evita relimpar pontos. Antes de começar, se for possível, retire as rodas e pendure a bike. Assim você terá acesso a todos os pontos da bike com mais facilidade.
1. Comece com o sistema de transmissão: corrente, coroas, pedivela e câmbios. Se a corrente não estiver muito suja, limpe-a com um trapo.
2. Se a corrente estiver muito suja, cheia de óleo e um trapinho não vai ajudar, então parta para uma limpeza mais séria. Você pode fazer um trabalho legal mesmo sem retirá-la do local. Desmontar a corrente, além de trabalhoso, pode enfraquecer o elo mexido. Use um solvente de óleo para tirar toda a lubrificação que, a este ponto, já deve estar com cara de graxa e segurando poeira. Para se livrar destes grãos destruidores de correntes, a graxa/óleo tem que ir embora. Use uma escova de dente velha pra te ajudar e se você tiver uma bandejinha rasa pode tentar fazer a corrente ficar imersa enquanto esfrega.
3. O cassete e o pedivela também precisam ser limpos. O procedimento é o mesmo para a corrente, se tiver óleo demais, use um solvente. Tome cuidado apenas para não jogar solvente nos rolamentos e cubos. Não se esqueça de secar bem estes componentes para lubrificar novamente.
4. Uma vez que tudo esteja limpo e seco, lubrifique a corrente. Pingos de óleo são mais efetivos que spray. Colocando os pingos nos lugares certos você não desperdiça nada e não precisa tirar excessos depois. O que precisa de lubrificação nas correntes são as uniões dos elos. Deixe o óleo penetrar e depois de uns cinco minutos limpe o excesso com um pano. As coroas não precisam ser lubrificadas. O que você colocar na corrente é o suficiente.
5. Agora limpe as rodas. A melhor maneira de limpar a lama, quando seca, é pedalar por uma rua de paralelepípedos. Sai quase tudo. Se não der, você pode usar uma esponja e água. Deixe a roda na vertical para que o cubo não seja encharcado. Limpe sempre do meio pra baixo.
6. V-brake funciona muito melhor em aros limpos. Qualquer sujeira no aro ou nas sapatas diminui a eficiência do freio. O lado verde das espojas de cozinha é a melhor opção para limpar a lateral do aro. Não use espojas de aço, apenas de nylon. Aproveite a limpeza para inspecionar com cuidado o aro. Qualquer marca mais forte ou sinal de desgaste é indicação de que ele precisa ser trocado. Lembre-se que aro quebrado é fim de passeio.
7. Freios a disco também funcionam melhor quando limpos. Importante aqui é não contaminá-lo com óleo ou outras substâncias químicas. Se você sentir o disco engordurado, use álcool isopropil que encontra nas farmácias. Ele não deixa resíduo algum. Cuidado com os químicos para discos de carro, eles deixam resíduos que o freio de bike não consegue retirar na frenagem. Disco de bike tem que estar livre de tudo.
8. Freios V-brake precisam ser limpos também. Solte o freio para que você tenha acesso à sapata de borracha para limpa-la. Se achar algum resto de metal ou areia, use uma faquinha ou chave de fenda para tirar, mas cuidado para não marcar a superfície. Aproveite para inspecionar o freio. A maioria vem com um sulco indicador de desgaste. Se ele sumiu, esta na hora de trocar o freio.
9. Para freios a disco é preciso manter a pinça sempre limpa. Cheque todas as conexões para ver se não há vazamento de óleo. O menor sinal de óleo mostra que há algo de errado. Observe as mangueiras para ver se não há marcas, uma pedra pode fazer miséria. Se houver marcas sérias considere trocar. Vazamento hidráulico no meio da trilha é fim de passeio. E por fim verifique as pastilhas, elas têm que ter no mínio 0,5 mm de espessura.
10. Agora é hora de limpar e lubrificar os cabos que ficam dentro dos conduites.
11. Para os cabos de freio, basta soltar o cabo da pinça que ele fica frouxo o suficiente para que você desloque os conduites dos terminais e os faça correr no cabo para poder limpar e lubrificar. Evite água nos cabos, apenas um trapo pra tirar sujeiras e depois pingos de óleo pra lubrificar.
12. Repita a operação com o cabo do câmbio traseiro. No entanto, para afrouxar é preciso colocar o câmbio na marcha mais pesada (coroa menor) e depois empurrar com a mão o braço do câmbio para dentro. Você deve conseguir a folga necessária para soltar o cabo e repetir a operação de limpeza.
13. No câmbio dianteiro, basta colocá-lo na coroa maior, segurar o braço e, no trocador, solte como se fosse pra ir para a coroa menor. A folga aparece e você libera o cabo para repetir a limpeza como nos casos anteriores
14. Os pedais são muitas vezes negligenciados. Por outro lado, são os mais expostos à sujeira. Se você usa clip, deveria se preocupar bastante com eles, pois um clip não limpo corretamente pode falhar na hora em que você mais precisa. Execute uma limpeza como na corrente e coroas e lubrifique as partes móveis.
15. Depois de limpar o coração da bike, limpe o quadro e os outros componentes com uma esponja e um pincel. Tudo funciona melhor estando limpo. Recoloque as rodas e não se esqueça de encaixar os freios. Aproveite para deixar os pneus na calibragem certa.


Bike suja

Bike mega suja.

























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